Desilusão


Vejo o tempo passar
nas horas, nos dias,
no meu rosto envelhecido.
Arrasto meus pés tortos
sem saber pra onde vão
muito menos se existo.
Meus caminhos são cinzentos,
escuros tormentos,
vazios em acontecimentos.
Não há luz nem gentileza,
sou uma ferida de tristeza.
Já não me sinto
e nem insisto em saber
se virei decepção.
E assim me desespero
em me ver aqui de pé,
e caída, por dentro.

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