Bonifácio de Dante

Bonifácio, onde estás?
Por que não me responde?
Abri-lhe um canal e me jogaste longe,
por que Bonifácio?
Será que aí estás?
Na região mais sombria a que lhe dediquei?
E ainda assim te julgas grandioso,
como se o universo girasse no seu dorso?
Ou ainda o Papa da absolvição,
em troca de gratificação?
Por que Bonifácio?
Não sabias que sou poeta,
com poderes de profeta,
e veneno no coração?
Mas agora que estás no inferno,
desejo que queimes no fogo:
o mesmo, que ameaçaste meu corpo,
viu, Bonifácio?

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