
olhou-me encabulado;
olhei-o com simpatia,
sabia-o preocupado.
Menina, posso me alojar aqui?
Aonde pequenino?
Bem aqui, na sua janela;
é que sempre a vejo aberta,
e você escrevendo,
escrevendo sem parar;
e de tanto escrever e jogar fora
as pontas do seu lápis,
aprendi a pegá-las e guardar.
Para quê?
Para o meu ninho,
pois que o antigo caiu da outra janela,
da janela do vizinho.
Bateu a janela tão forte na minha casa
que caiu sem sobrar um tiquinho.
Mas, essa janela, depois de muito olhar,
sei que posso ficar;
primeiro para escutar suas histórias,
depois, para contar-lhe as minhas.
Me vi te espiando ...um pouco passarinho , um pouco trovador
ResponderExcluir