Em nada haverá limite
quando sugado tudo do nada;
e nada se transformará em nada,
se tudo lhes for tirado.
Dos hediondos atos insanos,
brotará do pior e do ruim de tudo,
marcas de ódio e de sonhos perdidos,
andarilhos sem alma, náufragos do mundo.
E sem nada, já com tudo perdido,
e por tudo e apesar de tudo,
a crueldade reinará sozinha,
sangrando tudo, no meio do nada.
Na falta da palavra certa
que dará sentido ao que foi visto,
a palavra, surgirá do nada,
do horror que nela, fez-se muda.
Tocado Deus com tamanha loucura,
descerá dos céus e libertará os mortos,
e estes, paralisados e cegos de tudo,
já estarão perdidos pro retorno da vida.
Mas quais cegos dos olhos e sãos dos sentidos,
entrelaçarão seus braços em velhos corpos com vida,
e saberão que desses ventres nascerão outros membros:
sadios, descentes, inocentes ainda.
um rabisco rupestre
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Mama Africa
ResponderExcluirNosso berço.nossa origem
JuliaBrito · Cabo Frio (RJ) · 24/9/2009 23:34
Verdades gritadas ao vento. Temos que ouvi-las.
ResponderExcluirMuito bom
Votado.
Abs.
Betusko · São Paulo (SP) · 24/9/2009 23:55
Poema de intenso realismo. Parabéns, votado, abs
ResponderExcluirRobertson Rébula · Rio de Janeiro (RJ) · 25/9/2009 12:06