Traí, traí sim,
mas fique tranqüilo, meu amor,
não foste a ti que traí,
mas sim, a mim.
Traí com o meu corpo
e, sendo assim,
traí pouco;
afinal, o que é um corpo,
a não ser sentidos,
muitas vezes desprovidos?
Traí, traí sim,
mas fique tranqüilo, meu amor,
não foste a ti que traí
Traí minh'alma,
pois que o corpo meu amor,
este, apenas sente,
enquanto que alma,
a alma, ressente.
Traí e traí tão fundo,
que a traição virou pecado;
e se é pecado amar,
desculpe, meu amor,
traí pecando.
Mas fique tranqüilo,
Não foste a ti....
Fonte do Pinheiro
Há 7 meses
a carne rasgada ressentida pela alma roubada.
ResponderExcluirIntenso teu poema.
Patrícia,
ResponderExcluirParabéns pelo Poema!
"E se é pecado amar,
Desculpe, meu amor,
Traí pecando."
Traição por Amor!
"Mas fique tranqüilo, meu amor,
Não foste a ti que traí,"
Um Beijo! Jorge X
Jorge Xerxes · São Carlos (SP) · 25/11/2009 13:36
Patricia, um belo poema de amor, em que usas os versos para compores um círculo, em que o que importa mesmo é a alma, a alma de uma poetisa! Já votei.
ResponderExcluirAbilio Terra · Brasília (DF) · 26/11/2009 20:15
Um poema difícil de escrever, esse. Falar de amor não é complicado.
ResponderExcluirNeste caso o eu poético não fala de si somente, dos seus gostos e desgostos, pecados e absolvições. Empresta-se ao poema para falar do amor. E o faz bem feito. Suscita emoção e pensamento.
Dez!
bjs e votos
sr · Rio de Janeiro (RJ) · 26/11/2009 23:01